Florianópolis, 10.11.25 - A recuperação da economia Argentina já tem mostrado impacto nas vendas de Santa Catarina para o país vizinho. De janeiro a outubro, as exportações catarinenses somaram US$ 746 milhões para a Argentina, um incremento de 25,2% em relação a igual período do ano anterior. No mesmo período, a venda de produtos brasileiros aos argentinos atingiu US$ 15,85 bilhões e cresceu 41,4%, enquanto a exportação total brasileira subiu 9,1%.
Atentos a esse movimento, um grupo de cerca de 20 indústrias de SC do setor moveleiro participa nos dias 10 e 11 de novembro, do Encontro de Negócios SC-Argentina, promovido pela Federação das Indústrias de SC (FIESC) na Embaixada do Brasil em Buenos Aires.
A programação inicia com uma agenda institucional que vai contar apresentação do Embaixador do Brasil na Argentina, Julio Glintenick Bitelli, do governador de SC, Jorginho Mello, do presidente da FIESC, Gilberto Seleme, e de entidades representativas da indústria argentina.
Bom momento
“Esse é um excelente momento para intensificarmos nossas parcerias comerciais, já que a economia Argentina tem sinalizado uma recuperação”, explica Seleme. Depois de dois anos de PIB negativo, a expectativa é de que em 2025 a Argentina cresça 4,5%, segundo estimativas do FMI. Esse crescimento pode motivar um incremento nas exportações. “É um indicador positivo, já que o crescimento do PIB vem acompanhado do recuo significativo das taxas de inflação no país, que vinham corroendo o poder de compra dos argentinos”, analisa o presidente da FIESC.
De acordo com Bruno Pauli, do Grupo 4B e um dos participantes da missão, “os argentinos, quando vêm para Santa Catarina a turismo, mostram bom poder de compra, investem em imóveis. Nosso objetivo é aproveitar esse momento da economia para fazer negócios também por lá.”
Diferenciais de SC
A facilidade logística, dada a fronteira rodoviária entre o estado e a Argentina, é outro fator positivo. O porto seco de Dionísio Cerqueira, no extremo oeste catarinense, é a aduana com a melhor infraestrutura na fronteira com a Argentina atualmente em operação. O fluxo de caminhões chegou a 23 mil em 2024.
“SC tem uma posição muito favorável por fazer parte do Mercosul, ter laços comerciais e até culturais com a Argentina por causa do turismo e pela proximidade geográfica, além do idioma ser familiar. Além disso, o consumidor argentino percebe os produtos brasileiros como de qualidade”, salienta o presidente da FIESC.
As rodadas de negócios entre as indústrias de SC e potenciais compradores argentinos estão agendadas para terça-feira, dia 11.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação
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