Para CNI, temas como mercado de carbono e debates sobre medidas unilaterais de comércio merecem atenção do setor; SENAI apresenta solução para descarbonização das indústrias

Florianópolis, 03.12.25 - Com o encerramento da COP30, a indústria brasileira começa a avaliar os potenciais impactos das diretrizes acordadas pelos países participantes no setor. A especialista de política e indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafaela Aloise de Freitas, destaca entre os pontos de atenção a criação da Coalizão Aberta de Mercados de Carbono Regulatórios, liderada pelo Brasil e apoiada por países como China, União Europeia, Canadá e México.

“O objetivo é fortalecer os mecanismos e oferecer interoperabilidade entre os mercados de carbono no mundo todo”, explica.

Na avaliação da especialista, o tema é importante porque o mercado nacional está em fase de regulamentação e os debates no âmbito da COP devem abordar quais metodologias adotar para quantificar as emissões.

Outra decisão com potencial de impacto no setor produtivo, é a abertura de diálogo sobre medidas comerciais unilaterais com o objetivo de evitar práticas discriminatórias. Um exemplo é o Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, em inglês), uma sobretaxa aplicada sobre as emissões de produtos importados pelos países da União Europeia.

A proximidade de assinatura do acordo entre a UE e o Mercosul dá ainda mais relevância aos debates sobre as regras comerciais unilaterais no escopo da COP. A medida europeia tem sido questionada devido a incompatibilidades da regra em relação às normas internacionais do comércio, já que dá um tratamento diferenciado entre os Estados-Membros da UE e os países de fora do bloco, e pode ser entendida como uma barreira não tarifária, afetando as exportações.

A participação da indústria brasileira da COP30 foi um dos temas da reunião da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Federação das Indústrias de SC (FIESC) realizada nesta quarta-feira (3).

Durante o encontro, o líder do Hub de Descarbonização da FIESC, Charles Leber, detalhou a metodologia Jornada da Descarbonização. Desenvolvida integralmente pela rede Instituto SENAI, a iniciativa combina consultoria técnica, inovação e tecnologia, com foco em reduzir emissões de gases de efeito estufa e ampliar a eficiência energética.

Saiba mais em: Na semana da COP 30, SENAI lança jornada para acelerar descarbonização na indústria 

Créditos de Biodiversidade
O CEO da C-Pack Creative Packaging, José Mauricio Coelho, detalhou as iniciativas da empresa para compensar as emissões de gases do efeito estufa, por meio de créditos de biodiversidade. Desde 2021, a C-Pack é reconhecida com a Certificação LIFE, que atesta suas práticas em conservação da biodiversidade e a eficácia de seu sistema de gestão ambiental. O Projeto C-Pack Conserva, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, é um dos mecanismos desse sistema.

“O mercado de embalagens para cosméticos é muito regulado e atento à questão ambiental. Com a certificação Life e a geração de créditos de biodiversidade, conseguimos nos diferenciar no mercado e também oferecer aos nossos clientes esse diferencial competitivo”, explica.

Entre os demais benefícios da performance em biodiversidade estão a atração de investimento ESG, ganhos de imagem e novos negócios. 

“A conexão da performance em biodiversidade traz resultados para os negócios no formato de riscos evitados, oportunidades de mercado, inovação e engajamento”, afirma Coelho.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação

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